Começa a montagem da turbina do projeto WindFloat Atlantic
Este projeto é o primeiro parque eólico flutuante da Europa continental e assinala um marco essencial para o setor das energias renováveis
Ferrol, 17 de julho de 2019: A instalação da primeira turbina de WindFloat Atlantic na respetiva plataforma flutuante tem início hoje no porto exterior de Ferrol (Espanha), constituindo um marco importante para o projeto WindFloat Atlantic e para o setor da energia eólica offshore, dado tratar-se da maior turbina alguma vez instalada numa plataforma flutuante.
O fabrico e a descarga (load-out) deste primeiro WindFloat foi levado a cabo na semana passada em Fene (Espanha), e a plataforma foi ancorada no cais de Ferrol, onde terá início a instalação da turbina eólica. A montagem irá desenrolar-se ao longo das próximas semanas na preparação das operações offshore, agendadas para o fim do verão, altura em que a estrutura flutuante irá partir rumo ao seu destino final ao largo da costa de Viana do Castelo.
O projeto pertence ao consórcio Windplus, detido conjuntamente pela EDP Renováveis (54,4%), ENGIE (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power Inc. (1,2%). As três turbinas que irão compor o parque eólico serão montadas em plataformas flutuantes amarradas ao leito marinho, e irá ter uma capacidade instalada total de 25 MW, o equivalente à energia consumida por 60 mil casas ao longo de um ano. Além do mais, esta tecnologia possui enormes vantagens que a tornam mais acessível e económica, incluindo a sua montagem através de gruas terrestres convencionais em terra firme (no porto) e a utilização de métodos de transporte marítimo comuns, tais como rebocadores, em vez de embarcações de instalação offshore dispendiosas.
WindFloat Atlantic usa tecnologia de ponta da Principle Power, que possibilita a instalação de plataformas flutuantes em águas profundas, anteriormente inacessíveis, e onde os abundantes recursos eólicos podem ser aproveitados. O parque eólico vai estar situado a 20 quilómetros ao largo da costa de Viana do Castelo, onde as águas alcançam uma profundidade de 100 metros.
O projeto conseguiu o apoio quer de entidades públicas quer privadas, tendo atraído investimentos de empresas líderes no mercado, bem como o apoio financeiro da Comissão Europeia (através do Programa NER300), do Governo da República Portuguesa e do Banco Europeu de Investimento.
Entre os fornecedores que tornaram este projeto possível encontram-se Principle Power, a joint venture Navantia/Windar, A. Silva Matos Group, Bourbon, assim como o fabricante de turbinas MHI Vestas e o fornecedor de cabos dinâmicos JDR Cables.