A EDP Renováveis ​​(Euronext: EDPR), quarto maior produtor de energia renovável do mundo, reafirmou a evolução positiva do negócio que tem reportado desde o início do ano, a atingir um lucro líquido de €265M no 1S 2022 (+87% vs 1S21). Além disso, reflete o desempenho positivo está o EBITDA que totalizou €976M (+49% vs 1S21) e o EBIT que totalizou €640M (+76% vs 1S21), suportado pelo sólido desempenho da receita.

Os resultados operacionais também evoluíram positivamente ao longo do primeiro semestre do ano. Esse desempenho, sustentado pelo aumento de 16% da geração em relação ao ano passado, foi impulsionado pela capacidade instalada adicional e pelos recursos renováveis ​​mais fortes. A jun-22 a capacidade em construção alcançou o seu nível máximo com 3,2 GW, dos quais 1,8 GW de eólico e 1,3 GW de solar, devido à nova capacidade a ser adicionada em 2022 e 2023.

A capacidade instalada aumentou para 13,8 GW (+1,2 GW vs 1S21), com Europa e América do Norte a representarem 40% e 51% do portfólio, respetivamente, e apresentando uma maior diversidade tecnológica com 12,2 GW de eólico onshore, 1,3 GW de solar e 1,5 GW de capacidade bruta de eólico offshore em operação.

De referir também que nos últimos 12 meses a EDPR adicionou 2,5 GW de capacidade. Depois da conclusão de transações de Rotação de ativos nos EUA e em Portugal na segunda metade de 2021 e na Polónia e Espanha no 1S22, a variação líquida do portfólio vs 1S21 foi de +1,2 GW. No 1S22, as adições de capacidade somaram 0,6 GW, sendo principalmente impulsionadas pela integração dos ativos da Sunseap na APAC, que agora representa 3% do portfólio da EDPR. A Rotação de ativos ascendeu a 0,3 GW na Europa.

Além disso, a EDPR produziu 17,8 TWh de energia verde no 1S22 (+16% vs 1S21), evitando 11 milhões de toneladas de emissões de CO2, com a Europa e a América do Norte a representarem 36% e 57% da produção total, respetivamente. Na Europa a produção aumentou +10% vs 1S21, impactada pela maior capacidade instalada e recurso renovável estável. Na América do Norte a produção foi superior em +12% vs 1S21 refletindo o melhor recurso renovável registado nos EUA e Canadá. Na América do Sul a produção aumentou em +111% vs 1S21 dada a maior capacidade instalada no Brasil, parcialmente neutralizada pelo recurso renovável mais baixo.

No 1S22, a EDPR alcançou um fator de utilização de 33% (+2pp vs 1S21) refletindo um Índice renovável superior em +2% à média de longo-prazo do Fator Bruto de Utilização esperado (+7pp vs 1S21).

Segundo Miguel Stilwell d'Andrade, CEO da EDP Renewables: "Apesar da complexidade do contexto atual, continuamos a cumprir o roadmap definido no nosso plano estratégico 2021-25. Os sólidos resultados operacionais registados no primeiro semestre de ano, com o crescimento da nossa capacidade instalada, bem como a capacidade recorde em construção, são um verdadeiro reflexo da resiliência e força da empresa. Além disso, alcançamos um sólido desempenho financeiro com crescimento significativo, em toda a nossa presença global, não apenas em receita, mas também em lucro líquido, continuaremos agregando valor aos nossos stakeholders e à sociedade como um todo”.

Resultado Líquido

As receitas da EDPR totalizaram €1.237M (+45% vs 1S21; +€381M). O preço médio de venda aumentou +27% vs 1S21 maioritariamente devido aos preços de mercado na Europa e a atualização do quadro regulatório em Espanha.

Outros proveitos operacionais somaram €134M (-€6M vs 1S21), devido principalmente às transações de Rotação de ativos concluídas na Polónia e Espanha. No contexto do crescimento contínuo da EDPR, os Custos Operacionais (Opex) totalizaram €463M (+€132M vs 1S21), devido aos custos antecipados para lidar com o crescimento acelerado. Em termos comparáveis, o Core Opex por MW médio ajustado por custos de offshore, one-offs, service fees e forex aumentou +15% vs 1S21.

No 1S22, o EBITDA foi de €976M (+49% vs 1S21) e o EBIT fixou-se nos €640M (+76% vs 1S21), como resultado do forte desempenho ao nível de receitas. Os Custos Financeiros Líquidos aumentaram para €185M (+€74M vs 1S21), com a comparação anual a ser afetada maioritariamente pelo aumento da dívida, forex e TEI.

Por seu lado, o Resultado Líquido totalizou €265M (+87% vs 1S21), com a subida do EBITDA a ser mitigada pelo aumento dos Custos Financeiros Líquidos e interesses não controláveis para €120M (+€87% vs 1S21; em linha com o crescimento do Resultado Líquido).

A jun-22, a Dívida Líquida totalizava €5.234M (+€2.300M vs dez-21) refletindo por um lado o forte crescimento dos investimentos no período, incluindo a aquisição da Sunseap, e forex, e por outro lado a caixa gerada por ativos e a estratégia de Rotação de ativos.

Passivos com Investidores Institucionais somaram €1.532M (estáveis vs dez-21), refletindo benefícios capturados pelos projetos.