Resultados do 1T20 da EDP Renováveis: execução no bom caminho com lucros líquidos de €62m

Quinta-feira 07, Maio 2020

A carteira de ativos em operação, espalhada internacionalmente, contabiliza 11,2 GW depois de nos últimos doze meses terem sido acrescentados 827 MW à capacidade instalada.

A empresa atingiu níveis de produção de energia limpa de 7,8 Twh, evitando 5 mt de emissões de CO2

Madrid, 7 de maio de 2020: A EDP Renováveis (Euronext: EDPR), líder mundial no sector das energias renováveis, e uma das maiores produtoras de energia eólica do mundo, anunciou hoje os seus resultados dos primeiros 3 meses de 2020 com um lucro líquido de €62m (+2% interanual).As receitas do 1.º trimestre de 2020 cifraram-se nos 487 milhões de euros (-7% interanual), em que o impacto da capacidade em MW (-€45m interanual) e recursos eólicos (-€16m interanual) não foi compensada pelo aumento dos preços de venda (+€15m interanual) juntamente com o impacto positivo da conversão em moeda estrangeira (+€12m interanual).

Outras receitas de exploração foram de €25m (face a €25m no 1.º trimestre de 2019). Os custos de exploração (Opex) totalizaram €172m (+7% interanual). Em termos comparativos, ajustados pelas alienações (sell-down), custos offshore (cross-charged aos SPVs dos projetos), one-offs e FX, o Core Opex por MW médio foi de +4 interanual.

O EBITDA reportado totalizou € 340 milhões (-12% interanual) e o EBIT atingiu os € 195 milhões (vs € 235 milhões no 1.º trimestre de 2019) com as transações de sell-down a terem um impacto positivo de -€16m no D&A e parcialmente compensadas com a nova capacidade. Os encargos financeiros líquidos diminuíram para € 80 milhões (-€ 16 milhões vs. 1.º trimestre de 2019) com a comparação interanual a ser afetada pela dívida mais baixa juntamente com um custo médio inferior da dívida no mesmo período. A nível do «bottom line», os lucros líquidos totalizaram € 62 milhões (+2% interanual).

No 1.º trimestre de 2020, a dívida líquida totalizou €2683m (-€120m vs Dez-19), refletindo o capital dos ativos gerado e a execução da estratégia de sell-down da EDPR. As despesas com parcerias institucionais atingiram os € 1448 milhões (vs €1,3 mil milhões de Dez-19), refletindo os benefícios captados pelos projetos e parceiros de «tax equity» juntamente com um novo financiamento de capital próprio institucional no período.

João Manso Neto, CEO da EDPR afirmou: «A empresa publicou um Resultado Líquido sólido com ganâncias por cobertura e com um portofolio cujo desempenho foi superior, apesar de se ter registado um menor recurso eólico. O nosso EBITDA permanece sólido, apesar de o desempenho da empresa no primeiro trimestre ter sido afetado pelo processo de sell-down que estamos a levar a cabo em sintonia com o nosso plano de negócios. Em termos operacionais, a empresa tem vindo a cumprir os objetivos de crescimento e a superar consideravelmente as suas metas. A EDPR já garantiu 83% dos 7,0 GW de capacidade pretendida para 2019-22, o que inclui não só a tecnologia onshore, como também offshore e solar – diversificação tecnológica e geográfica».

"A crise causada pela pandemia da Covid-19 não afectou os resultados do primeiro trimestre de 2020. O nosso plano de resposta centrou-se em garantir a segurança e saúde das equipas e na ajuda às comunidades locais onde estamos presentes. Algo que conseguimos sem ter que  alterar o plano estratégico e de negocio da companhia", acrescentou Manso Neto.

 

Plano de Contingência Covid-19

A EDPR ativou um Plano de Contingência para o Covid-19 em inícios de março de 2020, incluindo medidas de proteção dos trabalhadores e parceiros, iniciativas para apoiar as comunidades locais - com 786.000€  euros doados a bancos de alimentos, equipamento médico, kits de testes rápidos e material educativo digital -  e uma resposta operacional para minimizar a propagação do vírus e manter os serviços essenciais em funcionamento. Durante o período de confinamento obrigatório, a empresa implementou medidas de trabalho em casa junto de 20% dos seus trabalhadores que desempenham funções centrais nas instalaçõessob observância de normas de saúde e segurança mais rígidas. A empresa está atualmente a trabalhar num plano de recuperação para garantir o regresso à normalidade com condições de segurança. O impacto operacional na rede de distribuição da EDPR foi limitado, com os piquetes a trabalhar normalmente com falhas de disponibilidade mínimas. Em termos do efeito na estratégia de crescimento, graças à estreita colaboração com a cadeia de abastecimento, os atrasos COD (do inglês, Data de Operação Comercial) foram mitigados, reduzindo o efeito nas bases do projeto. Em resumo, a empresa teve uma reacção notável e conseguiu reforçar a sustentabilidade da nossa estratégia.

Resultados operacionais

A 31 de março de 2019, a EDPR geria uma carteira global de 11,2 GW, dos quais 10,7 GW estavam totalmente consolidados e 550 MW o estavam pelo método de equivalência patrimonial (participações no capital em Espanha e nos EUA). Desde março de 2019, a EDPR criou no total 827 MW, incluindo uma participação de 50% num portefólio solar de 278 MW nos Estados Unidos. Durante esse período, a EDPR levou a cabo com êxito sell-downs no valor de 1,3 GW e desmantelou 18 MW em Espanha para a reabilitação desse parque eólico. No geral, à data de mar-20, a variação líquida do portefólio consolidado interanual da EDPR era negativa em 484 MW.

Nesse período, e seguindo a sua estratégia de sell-down, a EDPR concluiu com êxito o sell-down de toda a sua propriedade no parque eólico Babilónia com 137 MW no Brasil, tal como foi anunciado em Jul-19. Em mar-20, a EDPR tinha 1,3 GW de capacidade nova em construção, dos quais 964 MW estavam relacionados com energia eólica onshore e 330 MW com participações de capital em projetos offshore.

Nesse período, a EDPR produziu ainda 7,8 TWh de eletricidade limpa (-8% interanual), evitando a libertação de 5 milhões de toneladas de emissões de CO2. Esta evolução interanual vem acompanhada de uma capacidade instalada inferior interanual, no seguimento da estratégia de sell-down da EDPR (3.º trimestre 2019: 997 MW de ativos na Europa; 1.º trimestre 2020: 137 MW no Brasil).

Resultados posterior da atividade

Desde o passado dia 31 de março, a Empresa já assinou 3 novos PPAs em Espanha, no México e nos EUA num total de 359 MW e já contratou 83% da meta visada dos ~7,0 GW em capacidade global pretendida para o período de 2019-2022, tal como foi anunciado na Atualização Estratégica a 12 de março de 2019. A EDPR irá continuar a analisar e a desenvolver projetos que cumpram os seus critérios de risco e rentabilidade internos.

O êxito da EDPR na contratação de novos PPAs reforça o seu perfil de baixo risco e a estratégia de crescimento com base no desenvolvimento de projetos competitivos e inovadores com visibilidade a longo prazo.